segunda-feira, 17 de maio de 2010

No começo eu achava que não era nada, só quis dar uma chance a algo novo. Depois comecei a acreditar que era pra sempre.
Esse foi o meu erro. Nada é pra sempre, muito menos uma paixão.
O pior é que passou tão rápido, foi tão intenso por algumas semanas e acabou tão de repente.
O choque entre as conversas de horas e o papinho frio, entre o clima de paixão e a distância entre as almas (que faz a real distância parecer ínfima), entre a vontade de estar junto o tempo todo e a preguiça de estabelecer um contato só por obrigação, é gritante.
Estando com você eu comecei a pensar em casamento, filhos, construir uma vida juntos, aproveitar coisas que só nós dois saberíamos apreciar da maneira certa, experiências únicas de nós dois, tanto os grandes momentos quanto as pequenas coisas do cotidiano. Supostamente, não era pra eu pensar em nada disso pelos próximos dez anos, pelo menos. Mas eu quis pensar só porque era com você.
Não poder vivenciar isso, não era um problema tão grande até você me prometer tudo, até você me dizer que aguenteríamos o que fosse preciso. Mas só quem fez grandes esforços fui eu, mesmo sendo a parte que menos poderia fazer.
Não quero nem lembrar que eu cedi aos seus encantos quando estava emocionalmente abalada, você deveria saber disso e só me apoiar. Mas não quero te acusar de se aproveitar do momento porque parte de mim acredita cegamente que não é verdade.
Minha maior mágoa é lembrar que, um dia, cheguei a cogitar a possibilidade de assumir todos os riscos e enfrentar todas as consequências por você e com você. Mesmo assim, eu sei que vou sofrer por mim e por você quando tudo isso acabar. E, mais uma vez, vou aguentar as consequências que, assim como os meus esforços, são muito maiores pra mim do que pra você.
Eu sinto muito que você seja igual aos outros e que eu tenha acreditado que era diferente, mas sinto mais ainda que eu tenha tentado ser diferente com você, melhor do que fui com qualquer outro e achado que você seria merecedor e capaz de reconhecer. Agora eu vejo que foi à toa.
Vou sentir falta de você e da esperança de ter aquela vida que nós sonhamos. Mas agora, o que fica é a saudade, a desilusão e as marcas deixadas não vão me deixar te esquecer.
E as nossas músicas, claro, sempre vão te trazer de volta à minha memória.

Triste que essas palavras tenham surgido antes mesmo que tudo termine entre nós dois, não é?

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