quinta-feira, 27 de agosto de 2009

(...)
Já estava muito tarde e ela tinha que acordar cedo na manhã seguinte.

Era mais uma madrugada fria e cinzenta. A claridade da cidade era mais forte do que o brilho das estrelas.
Ela até estava com um pouco de sono.
Quem disse que isso importava?
Na verdade ela nem lembrou desse detalhe quando resolveu passar a madrugada toda na varanda conversando com ele, que estava na varanda ao lado.
Não foi uma conversa tão incrível assim.
Ele também não era tão apaixonante assim.
Mas mesmo assim, ficou a noite toda ali, com ele, falando sobre coisa nenhuma.

Enquanto ele falava, ela pensava: "Eu não o amo. Mas poderia amar. Eu nem sei se isso vai chegar a algum lugar, mas vou correr o risco." (...)

Um comentário:

  1. A busca por um amar desesperado,nos faz apaixonar por nada...Somente pelo fato da noite ser noite;a lua ser lua...Banaliza-se o paixão de olhar e está em voga a paixão de estar no mesmo lugar.

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